[Publicidade] À flor da pele: A importância do Toque em bebês
- Gabriela Gibim
- 25 de set. de 2017
- 2 min de leitura
A pele é nosso principal, ou pelo menos o nosso primeiro, ponto de contato com o mundo. Por essa razão, é de se imaginar a potência e a importância do Toque ao manejar o corpo do bebê. Neste ato, conduzimos o pequeno no exercício de diferenciar uma superfície que permita a distinção entre o dentro e o fora do organismo (mundo interno e mundo externo), ponto central no processo de construção do psiquismo¹.
Mães, pais e cuidadores não são teóricos do desenvolvimento humano (ainda bem!) e conduzem esse processo de modo sensível, aprendendo dia após dia com os eventos que vivenciam. Quanto mais atentos e envolvidos na relação com bebê, mais singular e mais respeitoso será o Toque. Talvez por isso, tentar replicar um passo-a-passo no cuidado com os pequenos seja algo tão difícil, e por vezes exaustivo, para ambas partes, pois cada pessoa cria suas próprias formas de cuidar e de receber cuidados.
As diversas culturas humanas já sabiam disso muito antes de teorizações acadêmicas. Shantala, que ficou mundialmente conhecida, é o nome de uma mulher indiana que envolvia o corpo do seu bebê em cuidados com o Toque: o massageava à maneira da tradição e à maneira do encontro singular entre ela e seu pequeno. Talvez, possamos pensar que cuidar é isto, uma junção que fazemos da tradição – do que aprendemos sobre o que é cuidar – e a singularidade de nossas vidas. Ainda que não dê conta de toda sua complexidade, esses são fatores importantíssimos ao cuidado.
Mas... O mundo tem lá suas contradições e por vezes nos vemos criando espaços protegidos para que possamos exercer um cuidado de modo respeitoso, que não seja invadido por receituários e que seja realizado da melhor maneira possível, integrado às tarefas do dia-a-dia. Há de se ter tempo de respiro para poder inventar uma rotina de cuidado que tenha a ver com você e com seu bebê. Pensando nisso, criamos as oficinas de Shantala, no intuito de vivenciarmos na prática o que é essa técnica, zelando por um ambiente que facilite a interação mãe/pai/cuidador(a) e bebê.
Quando ocorrerão as próximas oficinas?

Para mais infos, acesse Facebook/terapeutabueno/
¹ Durski, Ligia Maria; Safra, Gilberto. O Eu-pele: contribuições de Didier Anzieu para a clínica da psicanálise. Reverso; 38(71): 107-113, jun. 2016.






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